A Lenda de Korra: Raava x Vaatu e o Primeiro Avatar

Em A Lenda de Korra, muitos fãs finalmente obtiveram a resposta para uma pergunta que faziam desde A Lenda de Aang: Quem foi o primeiro Avatar? Como ele surgiu? A série de Korra ganhou dois episódios para explicar as origens do Avatar, os episódios 7 (beginnings part 1) e 8 (beginnings part 2) do livro dos espíritos (livro 2).

Na série, o presidente da República da Nações Unidas nega apoio militar a Korra, então ela decide ir a Nação do Fogo buscando um novo aliado na guerra civil contra a Tribo da Água do Norte. Porém no caminho ela se depara com um espírito das trevas que a ataca. Eska e Desna (filhos de Unalaq), que presenciaram a cena chegaram a afirmar que o Avatar estava morto. Korra é achada por dobradores e é levada para uma misteriosa ilha na Nação do Fogo. Lá, uma anciã diz que uma energia das trevas a infectou e que o único modo dela se recuperar era se reconectando com suas raízes. Ela é banhada em uma água espiritual e começa a se comunicar com suas vidas passadas (inclusive com Aang adulto), até chegar em Wan: o Primeiro Avatar.

Korra falando com sua outra encarnação, a Avatar Kyoshi

Wan começa a contar sua história: Os espíritos haviam ido para o mundo dos humanos, então para se proteger, toda a humanidade começou a se abrigar em tartarugas leão. Onde Wan vivia havia uma dinastia de irmãos que eram muito ricos, eles controlavam toda a comida do lugar, não deixando nada para os pobres. Wan havia tentado roubá-los inúmeras vezes, mas nenhuma teve sucesso.

Um dia, ele virou voluntário para uma expedição até a grande floresta (pois era lá que eles conseguiam alimento). Sempre que saíam, para poderem se proteger dos espíritos, a tartaruga leão concedia a eles a capacidade de dobrar um elemento, mas este tinha que ser devolvido pois usar o elemento na cidade era proibido. Wan não devolve, e usa o fogo que conseguiu para desafiar os irmãos e trazer comida para seus amigos, que também passavam fome. Ele é pego e banido da tartaruga leão.

Na floresta ele acaba ficando exausto e com fome. Ele conhece um espírito que possui um oásis, mas os humanos não eram permitidos lá. Após tentar entrar de várias maneiras, Wan desiste a vai procurar comida e abrigo em outro lugar. No caminho, ele vê um espírito preso em uma rede de caça, era outra expedição de sua antiga cidade. Ele desafia os caçadores e começa a lutar com eles, o espírito, ao ver essa cena, não só deixa ele ir a seu oásis, como também ensina ele a dobrar o fogo, usá-lo como uma extensão de seu próprio corpo. Os antigo amigos dele ouviram as histórias sobre como ele conseguia sobreviver fora de sua tartaruga e decidem ir morar na floresta também. Wan acaba virando um guardião da floresta e amigo dos espíritos. Depois de um ano ele decide viajar, conhecer novos lugares e novas tartarugas leão. Em sua jornada ele se depara com dois espíritos gigantes lutando. Confuso, ele pergunta o que está acontecendo para tentar resolver a situação. Um espírito diz para ele não interferir, pois era um humano, o outro pede ajuda para se libertar dela. Ele escuta o segundo e separa os dois. Assim que a confusão passa o espírito explica quem são eles. Ela era Raava, o espírito da paz e da luz, e quem ele tinha libertado era Vaatu, o espírito das trevas. Durante dez mil anos Raava tinha conseguido manter Vaatu sobre controle e o mundo estava em equilíbrio, mas com ele solto, o mundo estava ameaçado a destruição. Wan diz que pode ajudá-la a consertar tudo, mas Raava se nega a deixar um humano interferir mais ainda.

Cabisbaixo, Wan segue sua jornada e acaba encontrando outra tartaruga leão, essa tinha o elemento ar. As pessoas de lá viviam um estilo de vida simples e em paz com os espíritos. Todos estavam em harmonia até que os espíritos se transformaram e começaram a atacar os humanos: era a influência de Vaatu. Wan começa a lutar até que Raava aparece e Vaatu vai embora, dizendo que vai destruí-la na Convergência Harmônica. Wan diz que pode ajudar e pede o elemento ar para a tartaruga leão. Como nenhum humano tinha possuído mais de dois elementos, era Raava que tinha que ficar com um para ele, até que aprendesse a dominá-lo. A partir dai os dois começam uma jornada em busca de outras tartarugas leão para obterem mais elementos. Ele acha estranho que Raava começa a diminuir, ela diz que quando as trevas aumentam, a luz diminui, mas que um não pode viver sem o outro, se ela perdesse a batalha com Vaatu, renasceria dentro dele. O garoto não acha tão ruim, mesmo se ela perdesse ainda viveria, mas ela explica que até ela renascer, o mundo sofreria muito, e que a humanidade poderia não existir. Ele também perguntou sobre a Convergência Harmônica sobre qual Vaatu havia falado: acontecia a cada dez mil anos quando os planetas se alinhavam, os dois espíritos deviam batalhar pelo destino do mundo. Ele consegue achar os elementos água e terra, e os domina (na ordem do ciclo avatar: fogo, ar, água e terra). Durante seu treinamento ele reencontra com seus amigos humanos (que haviam deixado a cidade para viver na selva), mas eles, ao contrário de Wan, não se tornaram amigos dos espíritos. Eles travam uma batalha com os antigos amigos espíritos (do oásis) que estavam tomados pela força das trevas de Vaatu e todos os humanos morrem. Vaatu estava gigante e mais forte, Raava está tão pequena que ele a carrega em um bule de chá.

Um não pode viver sem o outro, assim como Yin-Yang

Raava sendo levada em um bule de chá

Quando chega a hora da luta Wan domina os quatro elementos, mas mesmo assim ainda se sente fraco diante do grande espírito das trevas. Ele diz que a única maneira de vencê-lo era se os dois se unissem, dito e feito: Raava se une ao Avatar, que acaba se tornando parte espírito e aprisionam Vaatu dentro de uma grande árvore entre os portais.Para evitar mais conflitos, o Avatar separa o mundo físico do mundo espiritual e fecha os portais.
Wan morre velho no meio de uma guerra, em seu último suspiro pede desculpas a Raava pois não consegui manter a paz do mundo. Ela diz para não se preocupar, pois estariam unidos por toda a eternidade em várias encarnações. Korra acorda recuperada de seu ataque e percebe que deve fechar os portais espirituais.